Introdução Alimentar do Bebê

O período de introdução alimentar é um novo capítulo e um grande marco na vida do bebê e da família! A primeira papinha, a carinha de surpresa ao provar um novo sabor, esses momentos são inesquecíveis!  

Por isso, esse processo representa a transição do leite materno como alimento exclusivo para a introdução de novos sabores, texturas e nutrientes na rotina do bebê. Sendo assim, é fundamental incluir uma grande diversidade de alimentos desde o início, isso vai ajudar a estimular o paladar, contribuir para um desenvolvimento nutricional mais completo e reduzir as chances de seletividade alimentar no futuro. 

Além da nutrição, a introdução alimentar é também um momento de conexão, autonomia e memória afetiva. Afinal é durante a introdução alimentar que o bebê começa a participar mais ativamente das refeições em família e desenvolve habilidades motoras. 

Mas por onde começar? O que oferecer? Como tornar esse momento mais tranquilo? Se essas perguntas já passaram pela sua cabeça, este blog é para você! Aqui vamos abordar o início da introdução alimentar com dicas práticas que podem facilitar esse processo. 

 

Quando Começar? 

A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que a introdução alimentar comece a partir dos 6 meses. Isso porque a nesse período o bebê passa a precisar de outros nutrientes além do leite materno. No entanto, a amamentação deve ser contínua até os 23 meses e os alimentos devem servir como complementação. 

 

Como Começar? 

Ao iniciar a introdução alimentar, muitas famílias se deparam com diferentes métodos e, por isso, é comum surgir a dúvida: qual é o melhor? Em outras palavras, não existe um único caminho certo. Sendo assim, o ideal é escolher o que faz mais sentido para a realidade da família e também para o desenvolvimento do bebê, sempre com orientação do pediatra. 

Conheça os 3 principais métodos: 

  1. Tradicional 

O modelo mais conhecido. Ele se baseia em alimentos amassados formando papinhas e grupos alimentares separados (carboidrato, proteína, legumes, etc.). Além disso, os pais alimentam o bebê com a colher. 

 

  1. BLW (baby-led weaning) 

Neste método, o bebê conduz a própria alimentação desde o início, escolhendo o que comer entre as opções oferecidas. Os alimentos são servidos em pedaços que que tenham formato seguro e textura macia. A ideia é deixar o bebê explorar, levar à boca e aprender com autonomia. Entretanto, apesar de parecer mais eficiente, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Academia Americana de Pediatria (AAP), ainda não recomendam o método de forma isolada, pois em alguns casos, a ausência de supervisão adequada pode aumentar o risco de deficiências nutricionais ou engasgos. 

  1. Método Misto 

Esse método é o meio termo perfeito para muitas famílias. Como o próprio nome indica, ele consiste em oferecer papinhas com auxílio de uma colher em alguns momentos e em outros deixar o bebê escolher o que e quanto comer. Dessa forma, o bebê vive experiências variadas com o alimento, de forma segura e gradual ao mesmo tempo de que é muito mais adaptável à rotina. 

 

Agora que você já conhece os principais métodos, você pode analisar com calma e, além disso, pesquisar mais afundo o que você acredita que melhor se encaixa na sua rotina! 

 

Dicas para tornar o processo mais seguro e prazeroso! 

  • Introdução de sal, temperos e açúcar 

Esse tópico é importante! De modo geral, não é aconselhável a ingestão de sal ou temperos até os 12 meses e de açúcar até os 24 meses. Isso porque a criança pode desenvolver maior preferência por esses alimentos e até mesmo levar a uma sobrecarga renal ou doenças metabólicas como Diabetes no futuro. 

 

  • Comece com alimentos naturais e em pequenas quantidades 

Comece com 1 alimento por vez, para que o bebê reconheça o sabor e, se houver alguma reação alérgica, você possa identificar com mais facilidade. 

  • Varie os alimentos 

Quanto mais variedade de cores, sabores e texturas (respeitando os limites do bebê), mais rica será a experiência alimentar. Além disso, essa diversidade ajuda o paladar a se expandir e, consequentemente, reduz a chance de seletividade no futuro.

 

  • Higiene, postura e ambiente 

Sente o bebê com apoio (idealmente em uma cadeirinha de alimentação), limpe bem as mãos antes e depois das refeições e ofereça a comida em um ambiente tranquilo, sem distrações como TV ou celular. 

 

  • Seja paciente e flexível 

O bebê pode recusar certos alimentos, cuspir ou simplesmente não se interessar de primeira. Isso é natural. Tente novamente em outro momento, de outro jeito. O importante é manter o ambiente leve, sem pressão. 

 

  • Use utensílios adequados e seguros 

Os utensílios certos facilitam muito a rotina. Pratinhos com ventosa, colheres macias que não machucam as gengivas e babadores fáceis de limpar fazem mais diferença do que você pode imaginar.  

Uma jornada de descobertas para mãe e para o bebê 

Em resumo, o processo da transição mostra que a introdução alimentar é uma nova forma de cuidado, conexão e descoberta. Portanto, seja qual for o método escolhido, o mais importante é respeitar o ritmo do bebê, tornar o momento das refeições positivo e também contar com o apoio de profissionais de saúde e produtos que façam sentido para a rotina da sua família.  

Se você gostou desse blog ou conhece outras dicas deixa aqui nos comentários! 

 

Referências:  

Alimentação complementar 

Alimentação de bebês e crianças pequenas 

Abordagem prática do método BLW (baby-led weaning) para introdução alimentar – Portal Afya 

SANTOS, Poliana Aparecida; RODRIGUES, Mariana A. O método BLW na introdução alimentar: benefícios e cuidados. Revista Eixos Tecnológicos, v. 1, n. 1, p. 95–104, 2021. Disponível em: https://pdl.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/download/384/217. 

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